Uma das coisas que mais gosto de fazer é cozinhar.
Mas não é cozinhar por cozinhar, simplesmente. Quando estou na cozinha me sinto um alquimista, buscando a resposta de como transformar um sem-número de ingredientes em algo que mude a vida de uma pessoa.
Em minhas receitas busco a melhor combinação entre aromas, texturas e sabores, com a finalidade de proporcionar às pessoas que experimentarem sensações únicas; que aquele momento seja lembrado, quer seja pelo sabor, quer seja pelo aroma que fica no ar.
Não há nada mais gratificante para mim do que depois de ficar duas horas desossando frango, cortando a carne, picando tomates, cebolas e afins, fazendo arroz com todo o carinho, uma batata gratinada e depois ver o prazer das pessoas ao saborearem o prato. São duas horas que se compensam com um sorriso e um aceno involuntário de cabeça, só isso.
Mas ainda insistindo na alquimia, a química na cozinha é algo fascinante!
Afinal, você coloca uma colher de farinha de trigo dourada na manteiga e vai adicionando leite enquanto mexe e terá um molho branco cremoso que, com sal e pimenta do reino pode ser utilizado em uma lasanha, ou sem esses temperos pode servir de base para um molho aos quatro queijos.
E o creme de leite, que ingrediente! Ele não só dá consistência e auxilia na textura do prato, como também atenua os temperos sem abrir mão de colocar seu sabor.
Algo que incorporei ao meu cardápio depois de vir morar em Recife foi a carne de sol, que delícia, algo que deveria ser incorporado ao cardápio de todas as pessoas. Não sei explicar, é fantástico, não parece com nada que conhecia. Na verdade, eu achava que era a mesma coisa que charque, mas não tem nada a ver.
Era isso. Quando cozinharem cuidem não só do sabor, mas avaliem o aroma e a textura da comida, o efeito causado quando entra em contato com a língua, o cheiro que paira no ar. E, quando comerem, observem esses aspectos, pois quem cozinha pode ter tido essa preocupação, só para lhe proporcionar esse prazer...
